Tecnologia é carta na manga para as Olimpíadas

O Brasil quer fazer história nos Jogos Olímpicos de 2016 e, para isso, encara os desafios e as expectativas do evento, utilizando a tecnologia como aliada


Mili Santos

Desde os primeiros Jogos Olímpicos da Era Moderna, em 1896, a maior conquista de qualquer atleta é ser o melhor entre os melhores. Cento e vinte anos depois, essa também se tornou meta de uma gama de profissionais que estão por trás da realização das Olimpíadas. A 31ª edição do evento será no Rio de Janeiro, em 2016, e o Brasil quer mostrar ao mundo que é capaz de marcar a história dos Jogos também nos bastidores.

Na área da Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC), os desafios são grandes. Além do planejamento estratégico e da logística, estão sendo desenvolvidas soluções para favorecer o rendimento dos atletas, facilitar o andamento dos jogos e garantir mais segurança durante os 17 dias de evento.

Os números impressionam. O Rio de Janeiro e outros estados receberão delegações de 206 países, com 10.500 atletas para disputar 306 provas com medalhas. Também haverá mais de 20 mil jornalistas, centenas de chefes de Estado e milhares de turistas visitando o país. Por sua vez, a equipe de TIC será responsável por mostrar o Brasil a todo planeta, por meio do acesso rápido às informações e da transmissão 24 horas dos jogos.

Para que tudo funcione corretamente, está sendo montada uma megaestrutura, com centenas de profissionais da tecnologia, como ressaltou o ministro do Esporte, George Hilton: “No ano que vem, os técnicos estarão presentes em todas as pistas, quadras, ginásios, gramados, piscinas e até em alto mar, acompanhando o campeonato de todos os ângulos”. Ele também citou que novas soluções estão sendo pensadas para facilitar o credenciamento de atletas, jornalistas e visitantes, além das ações de segurança, do trânsito e da comunicação em tempo real.

A segurança, inclusive, é uma das prioridades na implementação das tecnologias. Mônica Mara Ferreira Lacerda, diretora da consultoria Lacerda – Inteligência de Segurança Pública e Empresarial (que foi responsável pela segurança digital na Copa do Mundo do Brasil), revelou que os maiores desafios em grandes eventos como as Olimpíadas são “obter todas as informações, processá-las, fornecer conhecimento, identificar e acompanhar possíveis ameaças, produzir análises e fazer a gestão de riscos e o levantamento de antecedentes”. Ela se lembrou de que também é necessário um cuidadoso monitoramento de web e redes sociais.

Segundo Reinaldo Pargas, consultor em projetos de tecnologia e um dos responsáveis pela gestão dos equipamentos tecnológicos que serão utilizados nos Jogos, a organização do evento vem se tornando mais complexa a cada edição. “Com o passar dos anos, a demanda por tecnologia tem sido cada vez maior. O que foi apresentado em Londres, em 2012, não nos serve mais. Temos o compromisso de fazer algo para superar a capital britânica e atender à expectativa do público”, opinou.

Estrutura olímpica

Em entrevista para a Computer World, em abril, o diretor de tecnologia da informação dos Jogos Olímpicos Rio 2016, Elly Resende, detalhou como será o suporte de TI durante a celebração do campeonato. Serão cerca de 130 profissionais trabalhando nas seis áreas funcionais que compõem a estrutura – como arquitetura, segurança e aplicações. Também há áreas de telecom e VTS, responsáveis pelos serviços de tecnologia das instalações e que fazem a interface nos espaços dos clientes. Já a área de service delivery está na linha de frente do atendimento.

Atletas e a tecnologia

O Comitê Olímpico do Brasil (COB) não esconde o objetivo de colocar o país no top 10 dos medalhistas olímpicos mundiais. Para alcançar a meta, o COB usa tecnologias de última geração, fornecidas e patrocinadas por parceiros privados.

No evento Inforuso 2015, Helbert Costa, gerente de Gestão Estratégica e Marketing do Comitê Olímpico do Brasil, disse que é preciso enxergar o esporte brasileiro com o olhar empreendedor dos negócios e reconhecer os atletas como um produto e um investimento. “Business Intelligence é a questão-chave para alcançar nossos objetivos. Hoje, tudo é mapeado e armazenado, e usamos tecnologia de ponta para isso.”

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