Belo Horizonte vive um momento em que a cultura e a economia dinâmica se tornaram uma vantagem competitiva para a estratégia de internacionalização da cidade. A capital figura entre os 25 melhores destinos da América Latina para se fazer negócios e o quarto destino nacional, de acordo com um estudo da América Economía Intelligence.
“Esse ranking leva em consideração índices como o capital humano, o dinamismo econômico, a infraestrutura e a conectividade, o marco político e social, bem como a sustentabilidade. A vinda da Google para a cidade, por exemplo, só demonstrou o quão estamos bem posicionados frente às grandes empresas internacionais”, analisou Stephania Aleixo, secretária municipal adjunta de relações internacionais, da Secretaria Municipal de Desenvolvimento.
Quanto à capacidade de internacionalização, Stephania afirmou que Belo Horizonte é a única cidade brasileira do Projeto ALLAs (Aliança Euro-Latino-Americana de Cooperação entre Cidades). A iniciativa busca reforçar os governos locais no estabelecimento de uma política pública de relações internacionais, para trabalhar de forma coordenada no desenvolvimento da cidade em três eixos: sustentabilidade, inclusão social e atratividade territorial. A partir desse projeto, foi criada a campanha Internacionaliza BH, visando à sensibilização local sobre o assunto.
Stephania ressaltou a força de Belo Horizonte em cultivar uma rede relevante de articulação local, que vai desde instituições ligadas à diplomacia, como as câmaras de comércio e consulados, até entidades de classe, empresas privadas e universidades. A área de tecnologia da informação é privilegiada nesse sentido. “O setor de TI, particularmente, recebe atenção especial em BH pela existência de um cluster diferenciado e promissor em relação a outras cidades no Brasil.”
O Programa MGTI é um desses parceiros da secretaria. Entre 2013 e 2014, as duas instituições realizaram o Goal Belo!, uma iniciativa para trazer a Belo Horizonte executivos, jornalistas, formadores de opinião e investidores do setor de TI, criando momentos institucionais de negócios e sociais com empresas locais, governo e entidades setoriais. A perspectiva para o futuro é que esse projeto se torne um programa permanente da prefeitura. “Certamente, o setor de TI continuará sendo uma prioridade para a atração de investimentos e promoção comercial na capital mineira”, concluiu Stephania.