Com a faca e o queijo (Minas) na mão

Com vocação natural para a inovação, estado se firma como terra fértil para o desenvolvimento de iniciativas tecnológicas. Desafio, agora, é melhorar o próprio marketing.


Especial Minas Gerais

Silas Scalioni

“Minas Gerais está se transformando, cada vez mais, num dos principais polos tecnológicos do Brasil, ganhando dia a dia mais importância nos cenários nacional e internacional em termos de incentivo à pesquisa, inovação e empreendedorismo.” A afirmação é do secretário de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior de Minas Gerais, Miguel Corrêa Júnior, que cita como fator essencial para esse cenário a existência de ecossistemas locais, que permitem às startups e aos negócios inovadores terem mais chance de sucesso, contando com apoio e incentivo à cultura empreendedora no estado.

Para o superintendente de inovações da Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Sectes), Roberto Rosenbaum, também vê Minas como um centro tecnológico por excelência, mas acha que, no geral, somos muito tímidos. Comenta ainda que Minas Gerais é considerada pioneira em ciência, tecnologia e inovação, porém é necessário que o estado se mostre mais, adotando a posição de referência no Brasil. Apesar disto,  considera que Minas é um lugar reconhecidamente propício para inovar e também para empreender e comprova a força da tecnologia mineira, citando algumas áreas do setor que têm conquistado níveis de excelência como as entidades de classe Sucesu Minas, a Assespro, a Fumsoft e a Sindinfor. Destaca três áreas que tem demonstrado potencial desenvolvimento tecnológico no estado como a biotecnologia, setor de eletroeletrônicos e o segmento de alimentos.

O presidente da Assespro-MG, Marcello Ladeira, também vê o ecossistema tecnológico mineiro com bons olhos, principalmente pelo apoio e trabalho da Sectes, das associações de classe ligadas ao setor, de entidades como a Fiemg e o Sebrae, diversos programas desenvolvidos por parte do governo e importantes centros de pesquisa.

Dois deles são o Biominas Brasil e Fapemig, criados no início dos anos 90, com atuação nacional e internacional. Os centros de pesquisa desenvolvem iniciativas voltadas ao empreendedorismo e à inovação, apoiando projetos em todas as etapas, desde a concepção até a solidificação e expansão.

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