Uma das grandes preocupações da Casa Branca é o trabalhador que recebe menos de US$ 20 por hora – valor abaixo da média salarial nacional de US$ 21,33. Segundo o Relatório Econômico do Presidente, divulgado no último dia 22, pessoas com salários baixos têm 83% de chance de serem substituídas por máquinas.
O documento foi produzido por economistas da Casa Branca e levou em consideração o potencial aumento de produtividade dos robôs indústrias nos Estados Unidos. Desta forma, foi possível prever o impacto desse tipo de tecnologia no mercado de trabalho.
O estudo indicou que pessoas que recebem até US$ 20 por hora têm 83% de chances de perderem o cargo para máquinas. Já os profissionais que recebem até US$ 40 por hora tem 31% de seres substituídos por robôs. A preocupação diminui progressivamente e aqueles que ganham mais do que o dobro da média salarial americana tem apenas 4% de se tornarem obsoletos para o mercado.
Os números são provenientes do cruzamento de dados de pesquisas como a realizada pela universidade britânica de Oxford, em 2013, e pelo instituto Pew, em 2014. O primeiro estudo apontou qual o risco representado pela automação em 702 diferentes atividades empregatícias. Já a pesquisa do instituto americano previu que um número significativo de trabalhadores manuais, e até colarinhos brancos, podem ser substituídos por máquinas.
O relatório oficial da Casa Branca, entretanto, também indicou que a automação trouxe benefícios econômicos à terra do Tio Sam. Segundo o documento, entre 1993 e 2007, a automatização foi responsável por 16% do crescimento de produtividade nos EUA. Outro benefício apontado pelo documento foi o aumento na qualidade de vida e no tempo de lazer dos trabalhadores especializados.