A inteligência artificial mudou para sempre a maneira de ver e sentir o mundo. Ela faz parte de uma era em que a inovação tecnológica faz parte do nosso dia a dia. O problema é que as mesmas inovações que nos ajudam a evoluir, quando caem nas mãos erradas, são extremamente prejudiciais. Uma delas, sem dúvida, são as deepfakes.
Neste artigo, contaremos para você o que é essa prática delituosa, como identificá-las e que atitudes tomar caso você acabe um dia sendo vítima delas. Vamos lá!
O que são as deepfakes?
Em linhas gerais, as deepfakes são técnicas avançadas de edição e manipulação automatizada de vídeos, sons e imagens. Por meio delas, por exemplo, é possível colocar o rosto de uma pessoa pública no lugar da face de outra pessoa em um vídeo, por exemplo.
Elas utilizam mecanismos de inteligência artificial para inserir uma pessoa em um contexto do qual ela não pertence, tornando o “vídeo original”. É possível editar e sincronizar também expressões faciais e corporais, com o propósito de transmitir uma mensagem ou opinião específica.
Os softwares de AI (inteligência artificial) utilizados para isso aplicam os preceitos de machine learning e deep learning, nos quais é possível alimentar e ensinar a máquina a se aperfeiçoar cada vez mais.
Os tipos de deepfakes
Apesar do principal formato trabalhado nas deepfakes ser em vídeo, a prática vai muito além disso. Cada vez mais esse tipo de manipulação tem sido utilizado para imagens e áudios (sendo comum utilizar softwares de inteligência artificial e machine learning para simular a voz de qualquer pessoa).
Existem também as deepfakes textuais, em que ferramentas de inteligência artificial, como o ChatGPT, podem ser utilizadas para manipular conteúdos escritos.
Há as deepfakes de redes sociais, que consistem na criação de falsos perfis. E, por último, temos as deepfakes em tempo real, que possibilitam trocar o rosto de uma pessoa em uma transmissão ao vivo por meio de softwares, como o DeepFaceLive.
Potenciais riscos
Os riscos que as deepfakes apresentam são enormes para as pessoas públicas, porém qualquer pessoa pode sofrer com um conteúdo manipulado por alguém mal intencionado(a)
Muitas celebridades acabam sendo vítimas dos chamados porn revenge editados, que nada mais são que vídeos de pornografia modificados, nos quais o autor do vídeo troca as cabeças dos atores, ou atrizes, do vídeo para colocar a de algum pessoa famosa.
Nas eleições, por exemplo, vídeos podem ser modificados para incriminar ou mesmo elevar a moral de algum candidato, ou divulgar notícias falsas.
Pior, um momento de descontração entre amigos pode ser modificado para convencer outras pessoas de que você acredita em determinado ponto de vista ou mesmo cometer algum crime.
Tudo vai depender da disponibilidade e da facilidade para ter acesso aos seus conteúdos, sendo importante estar atento sobre a sua privacidade nas redes sociais.
Por isso é importante sempre desconfiar e não acreditar que todo vídeo que você vê se se trata do vídeo original.
Como identificar uma deepfake?
Tão importante quanto conhecer os riscos apresentados pelas deepfakes é saber como identificá-las. Em geral, começamos por um ponto bem importante: atenção máxima a todos os detalhes dos conteúdos que você consome, sejam eles em vídeo, imagens ou áudios.
Avalie estes 6 pontos bem importantes:
Se for um material em vídeo, veja se a fala de quem aparece nele está contínua ou existem cortes entre palavras, ou partes do discurso.
Preste bastante atenção se os lábios e o rosto de quem aparece no vídeo acompanham o que ela diz, de fato.
Observe o contexto geral do conteúdo. Avalie se faz sentido, se a pessoa que está falando diria realmente o que está sendo exposto ali.
Assista ao conteúdo em diferentes velocidades, pois assim é possível identificar falhas.
Atente-se a detalhes como a cor da pele, os olhos, a boca e as sobrancelhas, por exemplo. Muitas vezes essas partes do corpo apresentam falhas em deepfakes.
E, por fim, pesquise bastante antes de julgar o conteúdo recebido como algo original. Procure notícias na internet ou outras publicações que relatem o mesmo.
Quais atitudes devemos tomar?
Para resolver os problemas causados pelas deepfakes e evitar que seus conteúdos e imagens sejam utilizados por terceiros, as dicas são bem simples. A primeira delas é evitar compartilhar com outras pessoas (principalmente as que você não conhece) seus vídeos pessoais.
Evite também hospedar vídeos em suas redes sociais de maneira pública, pois assim você dificultará o trabalho do editor. Quando tratamos de conteúdos de áudio e vídeo, procure não espalhar, sem saber se se trata de uma deepfake.
A inovação tecnológica traz novos desafios e nós, enquanto sociedade, precisamos nos ajustar a ela e criar mecanismos para nos defender de crimes virtuais.
Com a inteligência artificial, os processos de deep e machine learning e as deepfakes ocorre o mesmo. Com o tempo, novas legislações devem surgir para regular e combater práticas criminosas digitais, visando proteger as pessoas.
Mas, se você acabar sendo vítima dessa prática, não hesite. Colete o maior número de provas e informações possíveis e busque um advogado ou a Defensoria Pública.
Quer debater o assunto? Conheça a Sucesu MG!
Você já conhece a Sucesu Minas? Somos uma sociedade anônima atuante e referência em inovação tecnológica em Minas Gerais, fomentando há 50 anos as melhores práticas globais do setor, incluindo as iniciativas públicas e privadas.
A inteligência artificial, os processos deep learning, machine learning e práticas como as deepfakes são assuntos que envolvem o setor de tecnologia, nos interessam e são temas relevantes para nós! Venha nos conhecer. Será um prazer tê-lo(a) conosco.
