Navegando na internet nas últimas semanas, com certeza você deve ter se deparado com o termo tokens não-fungíveis. Se não, você já deve ter ouvido falar em NFT, que é a sigla que representa este termo. Sem dúvida, este é um assunto muito falado hoje em dia por vários motivos: criptomoedas, blockchain, metaverso e artistas.

Falando em artistas, o jogador Neymar e o cantor canadense Justin Bieber protagonizaram transações significativas para o mercado de NFT no mundo. Ambos realizaram compras milionárias, na casa dos R$6 milhões, de ilustrações da série “Bored Ape”, onde um macaco entediado aparece em diferentes tonalidades e com diversos adereços que juntos formam uma coleção.

Mas, por que os NFTs se tornaram um sucesso, a ponto de movimentar tanto dinheiro assim? É sobre isso que vamos falar a partir de agora.

NFT: o que é?

Como já mencionamos, NFT é a sigla para non-fungible token, em sua tradução livre seria Tokens Não-fungíveis. Mas, o que seria um token não fungível? Vamos por partes! Para os investidores, um token representa um registro virtual por meio de criptografia de um ativo financeiro. Ou seja, um token é qualquer ativo que foi convertido para o digital, e ele pode ser fungível ou não-fungível.

Um token fungível é algo que pode ser substituído por outro de mesmo valor, qualidade e quantidade. Por exemplo, o dinheiro ou uma cédula de qualquer valor. Vamos supor uma nota de R$50. Ela pode ser substituída por outra nota, assim como cinco notas de R$10.

Já um token não-fungível é algo exclusivo, único, como um item de colecionador e, por isso, não pode ser substituído. Podemos trazer, como exemplo, o famoso quadro da Mona Lisa, obra de arte do grande pintor Leonardo Da Vinci, hoje em exposição no Museu do Louvre, maior museu de arte do mundo, localizado em Paris, na França.

Depois de Leonardo Da Vinci retratar La Gioconda (Mona Lisa em italiano) em sua pintura, diversas outras foram feitas inspiradas nela, mas a original ainda permanece com seu valor intacto. Independentemente de quantas cópias forem feitas, o quadro que está em exposição em Paris continuará sendo algo único. Este é o melhor exemplo para um token não-fungível.

Vale também lembrar que um token não pode ser dividido em frações menores. Como assim? Ao negociar um NFT, você está adquirindo o produto inteiro.

Como funciona o mercado de NFT?

Embora exista desde 2012, os tokens não-fungíveis passaram a ter mais notoriedade nos últimos anos, por se mostrarem uma boa maneira de comprar e vender no mundo digital.

Muito se especula sobre a propriedade de um NFT, haja vista que são itens digitais e, “teoricamente”, podem ser obtidos por meio de um screenshot. Porém, eles contam com uma autenticação embutida, para que o comprador a utilize, a fim de provar sua propriedade. E, normalmente, os colecionadores valorizam mais a autenticidade de um item do que o produto em si.

Por se tratar de negociações digitais, nada mais justo que utilizar moedas digitais para compra e venda. Por isso, a maioria delas são realizadas por meio do blockchain, uma tecnologia famosa para transações em criptomoedas (ex. bitcoin). Os compradores se tornam proprietários daquele conteúdo no universo da moeda digital, onde todos os registros são computados com segurança.

Uma curiosidade: alguns memes, o primeiro tweet publicado, artes digitais e vídeos já foram negociados como NFT.

A ascensão do NFT, criptomoedas e Metaverso em 2021

Em 2021, os NFTs tiveram um crescimento exponencial, o que deu ainda mais impulso ao mercado. Outro fator de crescimento que podemos citar, é a busca por uma forma sem intermédio de negociar ou investir, em que as pessoas passaram a aderir durante a pandemia.

De acordo com a Forbes, o mercado de NFTs gerou mais de US$ 23 bilhões em negociações no ano de 2021. Um dado interessante é que esse mercado cresceu 20 vezes no segundo ano da pandemia.

A respeito das criptomoedas, diversos especialistas apontavam que a Bitcoin alcançaria o patamar de US$ 100 mil, quando na realidade chegou próximo de US$ 60 mil. No entanto, isso já representa uma valorização de quase 160% em 12 meses.

Agora, a menos que você tenha escolhido tirar um ano sabático, sem acessar a internet para absolutamente nada, você deve ter ouvido falar no termo Metaverso. Um “universo online” que vem ganhando notoriedade, desde a notícia sobre a mudança de nome do Facebook para Meta. Inclusive, voltando ao tema do nosso artigo, muito se especula sobre a utilização dos NFTs no Metaverso. Mas, vamos entender um pouco mais sobre isso?

O que é o Metaverso?

Considerado uma nova camada da realidade que integra o mundo real e o virtual, na verdade, o Metaverso é um ambiente virtual imersivo, construído por meio de diversas tecnologias (realidade aumentada, realidade virtual, hologramas), onde as pessoas poderão interagir umas com as outras, trabalhar, estudar e ter uma vida social, através de seus avatares 3D (bonecos virtuais customizados).

Nesse contexto, você deixa de ser um observador do mundo virtual e passa a fazer parte dele. Lembra da obra de arte em NFT? No metaverso você poderá pendurá-la na parede. Inclusive, a ideia é que o metaverso tenha uma economia virtual própria, em que as pessoas possam adquirir bens, comprar roupas, ir a festas, fazer reuniões e levar, de fato, uma vida online. É aí que entra a blockchain (banco de dados público e descentralizado), e as tecnologias que dependem dela (criptos, NFTs e outros).

Considerando isso, podemos entender o porquê das empresas se interessarem pelo do metaverso. Houve, inclusive, o registro de um aumento de 750% na procura por esta tecnologia. Para investir no Metaverso, os planos são a partir de R$2.500 e a tecnologia é 100% brasileira.

NFT em suas mais variadas apresentações: crypto art e jogos em blockchain

Quando você imaginou que um dia seria possível adquirir uma obra de arte totalmente virtual? A Crypto Art ou NFT Art, existe desde 2018 e se trata de uma arte digital que possui um código único anexado à ela, garantindo sua exclusividade.

Parece complexo, mas não é! Voltamos a Leonardo Da Vinci e sua assinatura na obra da Mona Lisa. Hoje, os artistas também podem assinar suas artes, a diferença é que essa assinatura é feita através de uma autenticação, selo criptográfico e/ou NFT.

A Crypto Art acaba recuperando o sentimento dos colecionadores ao adquirir uma peça única, o que aproxima a arte digital da arte tradicional (que valorizamos até hoje). A escassez vende!

Outro segmento que vem ganhando a atenção dos investidores, é o mercado de video-games. Graças aos jogos em blockchain ou “play-to-earn”, onde os jogadores ganham remunerações – como criptomoedas – para jogar. Trata-se de um mecanismo de incentivo, pois o jogo não tem o objetivo de pagar quem joga, mas atrair interessados. Quanto mais tempo a pessoa passa jogando, mais a empresa ganha em criptomoedas, e o jogo se autossustenta.

Tendências e previsões para o mercado de NFT em 2022

Você deve ter chegado aqui com uma pergunta em mente: considerando os valores altos e por se tratar de algo exclusivamente digital, por que as pessoas têm comprado os NFTs? Além do fato de ser um item de colecionador, como já mencionamos, existe uma grande expectativa de que esse investimento se valorize cada vez mais, por conta das transformações digitais.

Se você viu a internet dos anos 1980, sabe do que estamos falando. Ninguém imaginava que ela se tornaria o que é hoje. Então, as possibilidades para esses registros no futuro são infinitas. Para a tecnologia, o céu é o limite! Será?

2022 promete ser um ano importante para criptomoedas, NFTs e metaverso, assuntos que cresceram bastante no último ano. Porém, o potencial dos NFTs não foi atingido em 2021, portanto, espera-se que, agora que o termo já foi difundido, este potencial seja mais explorado. Quando isso acontecer, nós traremos mais novidades para você.

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